O sonho de garantir água em quantidade e qualidade

O sonho de garantir água em quantidade e qualidade para a população do semiárido nordestino começou com Dom Pedro II, mas só agora vai virar realidade. Após quase 16 anos do início das obras, os eixos Leste e Norte da transposição do Rio São Francisco estão concluídos, beneficiando cerca de 12 milhões de pessoas nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

É graças ao trabalho do Governo Federal que a maior obra de infraestrutura hídrica do País vai possibilitar que os nordestinos possam viver com mais dignidade e qualidade de vida.

Foi só após 2019 que as águas do Velho Chico saíram de Pernambuco, estado doador, e chegaram ao Rio Grande do Norte e ao Ceará. O caminho à Paraíba pelo Eixo Norte também só foi possível na atual gestão. Em 2019, apenas 31,54% de todo o Eixo Norte estava em funcionamento. Hoje, esse percentual é de 100%.

Alcançar essa meta não foi fácil. Muitas estruturas estavam abandonadas, com obras paradas ou esquecidas. O Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), não mediu esforços para resolver os problemas, corrigir erros estruturais, recuperar e retomar obras e garantir que a água chegue a quem mais precisa.

 

Em apenas três anos, foram aportados quase 25% de total investido nas obras, possibilitando que as águas do São Francisco pudessem chegar, pela primeira vez, ao Ceará e ao Rio Grande do Norte – foram cerca de R$ 3,49 bilhões no período de três anos. Isso representa uma média anual de R$ 1,16 bilhão, a maior entre todas as gestões do Governo Federal.

Além de enfrentar os desafios e destravar a conclusão do Eixo Norte, o MDR iniciou um novo ciclo, retomando o projeto original da transposição e, com isso, um compromisso feito lá atrás com o povo de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.

Três importantes projetos foram priorizados:
  • Ramal do Agreste, maior obra hídrica de Pernambuco, foi concluído em 2021, com 99% da obra e do repasse de recursos tendo sido executado pela atual gestão;
  • Também foram iniciadas as obras do Ramal do Apodi, no Rio Grande do Norte; e
  • Lançada licitação para construção do Ramal do Salgado, no Ceará.

Saiba mais sobre a transposição do Rio São Francisco e o trabalho que vem sendo feito pelo Governo Federal para levar água para a população nordestina que historicamente sofre com a seca.

R$ 0 bilhões

de investimentos
até agora

0

municípios
atendidos

0 milhões

de pessoas
serão beneficiadas

A ideia de levar a água do Rio São Francisco para aliviar o sofrimento dos sertanejos vem dos tempos do império. Ao longo desses quase 200 anos, foram várias as tentativas de tirar a obra do papel. O projeto atual da transposição do Rio São Francisco foi iniciado em 2007, quando o então Ministério da Integração Nacional realizou a licitação da obra apenas com o Projeto Básico. A construção começou em 2008, com promessa de conclusão em 2012.

No entanto, as obras passaram por diversas paralisações, em decorrência da ineficiência do processo de planejamento à época e de denúncias de corrupção, que geraram atrasos, paralisações e aumento no custo.

Em 2017, ocorreu o início da pré-operação do Eixo Leste do Projeto, para abastecer a Região Metropolitana de Campina Grande, que corria o risco de entrar em colapso hídrico.

Nesse período, as obras físicas necessárias para o caminho das águas no Eixo Leste estavam concluídas, mas ainda restavam serviços complementares essenciais para a operação.

À medida em que as estruturas foram sendo acionadas para testagem e pré-operação, várias delas apresentaram problemas e precisaram ser paralisadas para a execução de serviços de manutenção, o que gerou ainda mais atrasos. Em 2019, início da atual gestão, foi constatada a necessidade de realizar diversos reparos e serviços complementares em estruturas danificadas, o que demandou mais prazo e recursos.

Foi realizada, por exemplo, a manutenção e substituição das válvulas de bombeamento do sistema adutor (Estações de Bombeamento 2 e 3), o que possibilitou a entrada em operação de dois conjuntos de motobomba. Também foi recuperado o dique 1217, no Reservatório Negreiros, e reconstruído trecho de 1 km no canal 1219, em Pernambuco. Sem essas ações, os canais e demais estruturas à jusante (no sentido da foz) não poderiam ser operadas, o que inviabilizaria a chegada das águas do Eixo Norte do Projeto São Francisco ao Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Além disso, o MDR executou o trecho de Canal Caiçara-Ávidos, que viabilizou a chegada das águas ao Rio Grande do Norte e à Bacia do Rio Piranhas Açu.

Outras obras importantes que haviam sido negligenciadas anteriormente foram a impermeabilização de aquedutos do trecho II do Eixo Norte, entre os Reservatórios de Jati, no Ceará, e Engenheiro Avidos, na Paraíba, e a construção de um novo dique no Reservatório Milagres, em Pernambuco.

Em apenas três anos, R$ 3,49 bilhões foram investidos no Projeto de Integração do Rio São Francisco pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e seus órgãos vinculados - Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).

Este montante corresponde a 23,94% de tudo o que foi desembolsado na transposição desde 2008. A média anual de repasse de 2019 a 2021 foi de mais de R$ 1,16 bilhão, a maior entre todas as gestões do Governo Federal.